Originalmente lançado no ano passado, mas sendo distribuído pela Netflix no início de 2024, “Caminhos da Sobrevivência” é um filme belga que conta mais uma história situada na segunda guerra mundial na cidade da Antuérpia, que em 1942 estava ocupada pelos nazistas.
Dois jovens policiais se veem divididos entre a colaboração com os nazistas ou ajudar as pessoas, já que eles presenciam as barbaridades que acontecem ali.
Deixando o aspecto da guerra de lado e focando mais na perseguição aos Judeus, o longa ganha muitos pontos nisso. Claro que diversos outros projetos já contaram histórias assim, mas é importante deixar mais uma vez claro o quanto essas pessoas sofreram nesses tempos. O filme não faz questão de esconder a violência que ali existia, e mostra tiros na cabeça, pessoas tirando suas próprias vidas e bastante pancadaria.
Will (Stef Aerts) e seu parceiro policial Lode (Matteo Simoni) não concordam com a maneira que os nazistas agem, e rapidamente se opõe a eles, e obviamente começam a atrair a atenção dos alemães. Ambos entregam boas atuações, principalmente o primeiro, que como o personagem principal da trama, ganha um destaque maior. Outra personagem bem importante para a história (e para a dupla de policiais) é a Yvette (Anellore Crollet), que ganha um desfecho impressionante na última cena.
Com direção de Tim Mielants, logo de cara já percebemos que o tom é bem pesado, especialmente nos filtros mais escuros que o diretor utiliza. Em conjunto com o roteiro, o filme explora uma premissa bem interessante, que é mostrar até onde as pessoas podem ir quando estão pressionadas, e também as consequências dessas atitudes, e aqui certamente temos o ponto mais positivo do longa.
“Caminhos da Sobrevivência” certamente não é o melhor filme que explora os acontecimentos da segunda guerra mundial e a perseguição aos Judeus, mas é um bom filme que conta um pedacinho dessa triste história em um outro local da Europa.
Nota: 8,0
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